João Faria

Tenho um problema com a comida. E, mais ainda, tem um problema com os doces.🤷🏻
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Ignorando a parte negativa desse problema, foquemo-nos na parte boa: o momento em que chega a sobremesa e, quando perfeita (uma série de variáveis precisam de estar alinhas para tal ocorrer), sou forçado, sem qualquer controlo em mim, a entrar num mundo à parte, só meu, onde me esqueço de tudo o que me rodeia e, por breves segundos, vivo aquele momento de sentido prazer que percorre o corpo, das papilas gustativas às pontas dos cabelos. Emociona-me, como poucas coisas o fazem.
Solto uns quantos impropérios... como que a agradecer a oportunidade por tal êxtase (como bom portuense, há sempre uma asneira elogiosa pronta a sair da boca...).
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Há um par de semana tive uma dessas epopeias - foi a 2.ª vez que tal aconteceu no Euskalduna - e foi tb a 2.ª vez em menos de um ano (o soufflê de chocolate branco do Asasor Etxebarri...). Este ‘arroz doce’, para além de criativamente muito bem esgalhado (@joocosta_, partilha nos comentários a história!) consegue alinhar todas as variáveis necessárias - uma série de contrastes de temperatura e de textura (o arroz tostado, finalizado na mesa, era para ser um prato salgado!), com doçura, acidez (curd de limão na base leva um vinagre feito em 2018, na casa), picante (talvez do gengibre) e uma óptima doçura, pois claro. Começa intrusiva na boca, intriga, mas logo desvenda toda a beleza que esconde. Ficamos imediatamente embebecidos a pensar sobre ela, quando ao mesmo tempo deixamos a tal explosão de emoções fazer o seu percurso, dentro de nós. Será escusado dizer, mas é um momento #docaralho. @euskaldunastudio Less

Aproveitemos estes tempos pouco propícios a viagens lá por fora para (re)visitar os recantos e sabores deste nosso território - e tanto que por cá temos para ser descoberto!
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Exemplo disso é Baião, que muito deve à sua riqueza gastronómica, e que conta com a preciosa ajuda que o @antonioqueirozpinto e os seus pais, já há umas décadas, têm desenvolvido nesta vila.
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Ao famoso anho assado em forno a lenha (mas tb o ‘creme de água queimado’, receita de 1930 quando o leite não abundava) que faz rumar diariamente centenas de pessoas à Pensão Borges (@pensaoborges), junta-se o trabalho deveras interessante que o António faz no @restaurantedetormes. Aqui, recria os pratos e as receitas que ganharam vida na obra literária de Eça de Queiroz, o nosso mais famigerado embaixador (e escritor, pois claro), muito apreciador dos prazeres da mesa! (swipe ➡️)
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Foi por eles que no Verão passado decidi passar uns dias pela zona. Façam o mesmo. Aproveitem para viajar - e comer - cá dentro! Less

Aproveitemos estes tempos pouco propícios a viagens lá por fora para (re)visitar os recantos e sabores deste nosso território - e tanto que por cá temos para ser descoberto!
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Exemplo disso é Baião, que muito deve à sua riqueza gastronómica, e que conta com a preciosa ajuda que o @antonioqueirozpinto e os seus pais, já há umas décadas, têm desenvolvido nesta vila.
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Ao famoso anho assado em forno a lenha (mas tb o ‘creme de água queimado’, receita de 1930 quando o leite não abundava) que faz rumar diariamente centenas de pessoas à Pensão Borges (@pensaoborges), junta-se o trabalho deveras interessante que o António faz no @restaurantedetormes. Aqui, recria os pratos e as receitas que ganharam vida na obra literária de Eça de Queiroz, o nosso mais famigerado embaixador (e escritor, pois claro), muito apreciador dos prazeres da mesa! (swipe ➡️)
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Foi por eles que no Verão passado decidi passar uns dias pela zona. Façam o mesmo. Aproveitem para viajar - e comer - cá dentro! Less

Sentar ao balcão e poder beber o meu cocktail favorito depois de um dia de trabalho, é das coisas que mais sinto falta.
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Dirty Martini, uma variante do clássico Dry Martini, o cocktail mais famoso do mundo, popularizado por James Bond (que, na realidade, bebia Vesper, outra variante): um cocktail forte, seco, complexo e desafiante. No Dirty acrescenta-se uns dashes de água de azeitona, para um toque salgado e umami. 🍸 🫒
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Aparentemente simples, requer grande mestria, desde logo no controlo da diluição. Se o Bond preferia “shaked, not stirred” (pensa-se que pelo facto de melhor emulsionar os óleos da vodka de baixa qualidade, feita de batata, que na altura era produzida), já eu prefiro ‘stirred’ e apenas com gin.
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Na foto 📸 do @tiagomaya, uma bela noite de convívio no @theroyalcocktailclub, um incrível ‘Dirty Martini’ com beterraba amarela do master @paulo_redfrog_monkey_gomes, e o meu braço que ansiava por levar o copo à boca. 🍸 Less

É já hoje que estarei pelo @mitorestaurante.pt a convite do @pbraga para vos servir um menu idealizado com alguns dos meus ingredientes favoritos! 😄
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Tosta ‘executiva’- brioche, magret de pato, foie gras e trufa;
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Rabanada (claro!) com crèmoux de chocolate, trufa de torresmo de porco, pimenta rosa, flor de sa!
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São servidos? Até já! 🐽 🍫 🦆 Less

É já hoje que estarei pelo @mitorestaurante.pt a convite do @pbraga para vos servir um menu idealizado com alguns dos meus ingredientes favoritos! 😄
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Tosta ‘executiva’- brioche, magret de pato, foie gras e trufa;
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Rabanada (claro!) com crèmoux de chocolate, trufa de torresmo de porco, pimenta rosa, flor de sa!
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São servidos? Até já! 🐽 🍫 🦆 Less

Sentar ao balcão e poder beber o meu cocktail favorito depois de um dia de trabalho, é das coisas que mais sinto falta.
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Dirty Martini, uma variante do clássico Dry Martini, o cocktail mais famoso do mundo, popularizado por James Bond (que, na realidade, bebia Vesper, outra variante): um cocktail forte, seco, complexo e desafiante. No Dirty acrescenta-se uns dashes de água de azeitona, para um toque salgado e umami. 🍸 🫒
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Aparentemente simples, requer grande mestria, desde logo no controlo da diluição. Se o Bond preferia “shaked, not stirred” (pensa-se que pelo facto de melhor emulsionar os óleos da vodka de baixa qualidade, feita de batata, que na altura era produzida), já eu prefiro ‘stirred’ e apenas com gin.
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Na foto 📸 do @tiagomaya, uma bela noite de convívio no @theroyalcocktailclub, um incrível ‘Dirty Martini’ com beterraba amarela do master @paulo_redfrog_monkey_gomes, e o meu braço que ansiava por levar o copo à boca. 🍸 Less

Crescemos a ouvir dizer que a carne de porco não se deve comer mal passada - fará crua! Talvez por isso me lembre claramente da primeira vez que provei uma pluma de porco medium-rare e o espanto - e prazer - que tal me provocou.
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É este um Mito que atravessa países, gerações e culturas gastronómicas, e que muito persiste numa certa memória colectiva. Desmistifica-lo é o objectivo deste tártaro de porco - o prato da Casa do Porco (@acasadoporcobar), do chef @jeffim_rueda, que há muito ansiava por provar.
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Aqui, numa versão ‘mar e terra’ diferente da habitual, chegou à mesa todo pomposo, dando-se a conhecer numa elegante dança com atum e coroado com a ‘finesse’ do caviar.
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A alta cozinha faz-se (também) de contrastes - de cores, texturas, temperaturas, de sabores. Mas o que mais me apaixona por estes dias é ver no prato o ‘luxo e o mundano’ abraçados - e este tártaro de porco com atum e caviar é bem representativo disso. Tudo isto naquele que tinha sido, um dia antes, considerado (pelo @theworlds50best) o melhor restaurante do Brasil. #sãopaulo Less

Aprendi no Brasil que a alta coctelaria não precisa de se resguardar com medo que a cozinha lhe roube o foco. Podem pois conviver e potenciar o que de melhor cada uma das áreas tem para oferecer.
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Se em Portugal seria impensável (pelo menos antes desta pandemia...) um Red Frog ou Royal Cocktail Club servirem comida, no Brasil, os melhores bares do país (alguns deles, do Mundo) acompanham (sempre!) os cocktails com uma (geralmente muito boa) carta de comida - da mais reconfortante à criativa.
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O @nossoipanema foi o melhor exemplo disso que encontrei - aos cocktails de autor do @estevandaniel junta-se a igualmente criativa cozinha do @brunokatz. E eu só pude ficar muito feliz.
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A coctelaria brasileira está em grande, e se já disso sabia pelos rankings internacionais, foi um prazer prová-la goela abaixo, in loco - tanto no Rio como (mais ainda, na verdade) em São Paulo. Ah... e viva a cachaça! #brasil Less