Tenho um problema com a comida. E, mais ainda, tem um problema com os doces.🤷🏻
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Ignorando a parte negativa desse problema, foquemo-nos na parte boa: o momento em que chega a sobremesa e, quando perfeita (uma série de variáveis precisam de estar alinhas para tal ocorrer), sou forçado, sem qualquer controlo em mim, a entrar num mundo à parte, só meu, onde me esqueço de tudo o que me rodeia e, por breves segundos, vivo aquele momento de sentido prazer que percorre o corpo, das papilas gustativas às pontas dos cabelos. Emociona-me, como poucas coisas o fazem.
Solto uns quantos impropérios... como que a agradecer a oportunidade por tal êxtase (como bom portuense, há sempre uma asneira elogiosa pronta a sair da boca...).
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Há um par de semana tive uma dessas epopeias - foi a 2.ª vez que tal aconteceu no Euskalduna - e foi tb a 2.ª vez em menos de um ano (o soufflê de chocolate branco do Asasor Etxebarri...). Este ‘arroz doce’, para além de criativamente muito bem esgalhado (@joocosta_, partilha nos comentários a história!) consegue alinhar todas as variáveis necessárias - uma série de contrastes de temperatura e de textura (o arroz tostado, finalizado na mesa, era para ser um prato salgado!), com doçura, acidez (curd de limão na base leva um vinagre feito em 2018, na casa), picante (talvez do gengibre) e uma óptima doçura, pois claro. Começa intrusiva na boca, intriga, mas logo desvenda toda a beleza que esconde. Ficamos imediatamente embebecidos a pensar sobre ela, quando ao mesmo tempo deixamos a tal explosão de emoções fazer o seu percurso, dentro de nós. Será escusado dizer, mas é um momento #docaralho. @euskaldunastudio Less